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Lançamento da campanha “Brasil pela Paz – na luta contra a violência doméstica” aconteceu em Niterói

A campanha - que tem como objetivo principal oferecer assistência psicológica, social e jurídica para mulheres vítimas da violência doméstica - foi uma inciativa da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, em parceria com a AMAERJ (Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro), AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), Associação Clarke e Universidade do Circo Marcos Frota (Unicirco) e com o apoio da Prefeitura de Niterói.

O evento começou às 16h da segunda-feira (21) no Teatro Popular Oscar Niemeyer e teve como mestre de cerimônia o ator Marcos Frota, que estava visivelmente feliz em participar do lançamento. “Brasileiros machistas e violentos acabam agredindo suas esposas e filhas, e isso não pode ser tolerável pela nossa sociedade” disse durante a abertura da cerimônia. Em seguida foi a vez do prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, dizer que “a violência doméstica atinge milhares de mulheres e é inaceitável que em pleno século XXI ainda tenhamos tantos casos de violência contra a mulher”. O prefeito ainda enfatizou a importância da lei Maria da Penha, que “acabou de completar 11 anos da criação e foi um divisor de águas”, enaltecendo também a criação da campanha Brasil pela Paz, “Vivemos um momento de crise institucional, moral e de valores, mas são iniciativas como essa que mantem a esperança de dias melhores”, concluiu.

A ministra Cármen Lúcia que não compareceu ao lançamento porque não conseguiu voo para o Rio de Janeiro por causa das condições climáticas, foi representada pelo juiz Paulo Tamburini, que destacou que a mudança de pensamentos e atitudes machistas depende de cada um “Toda mudança é possível quando se escolher mudar”, afirmou o juiz auxiliar do CNJ.

A campeã mundial de jiu-jitsu Tayane Porfírio foi uma das palestrantes e relatou que já foi vítima de violência doméstica e que até hoje sofre preconceitos dentro do próprio esporte, somente por ser mulher. “Até mesmo eu, sendo campeã mundial, quando vou dar algum seminário, questionam minha capacidade”, desabafou a atleta.

O escritor João W. Nery, primeiro homem transexual do Brasil, foi outro palestrante do dia e acentuou que o machismo não afeta só as mulheres, atingindo também todas as pessoas trans. “É preciso que nos enxerguem e nos respeitem. Homens e mulheres trans são violentados todos os dias”, salientou o ativista.

Apresentações artísticas diversas animaram a plateia, como o coral da Associação de Proteção e Assistência a Condenados (APAC), a Banda do Corpo de Bombeiros, artistas circenses da Unicirco e performance de alunos de jiu-jitsu da Associação Clarke, além, do DJ Alok que agitou o público e encerrou o evento.

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